sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Problemas da "coluna vertebral" ( Protusões discais e Hernia de disco)

Protusões discais e Hernia de disco

Olá caros leitores, continuando nosso assunto sobre alterações da coluna vertebral, falaremos agora de protusões discais e hérnia de disco. Estes dois problemas vem sido cada vez mais frequentes entre a população atual, causando limitações nas atividades diárias dos indivíduos atingidos, como também, alteração de humor, vida social dentre outros problemas secundários.
Bom começaremos diferenciando a PROTUSÃO DISCAL de HÉRNIA DE DISCO.

PROTUSÃO DISCAL: Uma alteração nas estruturas normais assim ditas dos discos cartilaginosos intra vertebrais fazendo com que haja um deslocamento para a area esterna da região normal do disco. como podemos ver nas imagens a seguir:


                                 
Imagem da internet: http://www.drgilberto.com/imagens_protrusao/protusao%20discal%20comprimindo%20a%20raiz%20do%20nervo.jpg

HÉRNIA DE DISCO:  É a projeção do disco intravertebral em sua região central ( nucleo pulposo) para alem dos limites normais, como figura abaixo:

                                               
                                                                  Imagens da internet
                                 Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTiR288n0S-            RFMaolHOcjQ3S427s4uBYimOfOpd9ZXrZwutwhjQ

Cabe lembrar ao caros leitores de que toda hérnia de disco é uma protusão discal mais que nem todas protusão discal é uma hérnia de disco, isso tem que ficar bem esclarecido para não termos problemas durante a elaboração do tratamento e conduta profissional.

Causas, Sinais e sintomas

Um grande problema com relação a estes quadro clinico é que muitas vezes o individuo possui a lesão mais não apresenta sinais e sintomas durante boa parte de sua vida. sendo assim, quando se descobre da presença de uma protusão discal muitas vezes já se encontra em um estágio avançado com sinais álgicos claros, inflamação local, espasmo muscular, podendo haver irradiação para outras partes do corpo (quando há presença de compressão de outras estruturas).
Bom mais o que causa este tipo de lesão?
Temos dois motivos que acredito ser os principais causadores desta patologia que são os seguintes:

TRAUMA DIRETO:
 Muitas vezes causado por acidentes ou lesões por arma de fogo ou faca, mais que sempre irá depender de uma força externa para que ocorra a lesão.Podemos ter como exemplo  as quedas e o acidentes de autos.

FORÇA MUSCULAR ALTERADA:
Neste caso acredito que seja o mais importante e o maior causador deste tipo de patologia, associado sempre ao longo tempo de irregularidade nos trabalhos musculares.
Bom já sabemos que a coluna é responsável por sustentar o nosso tronco e que nela se origina e se insere vários músculos seja eles uniarticulares ou biarticulares.

DESGASTE NATURAL DEVIDO A IDADE:
Onde é um motivo natural do decorrer da vida onde conforme vc vai envelhecendo, e com isso, você sofre alterações de algumas estruturas que favorecem o aparecimento deste tipo de patologia.

MÁ POSTURA:
Onde uma vez alterada a postura você irá ter alterações de pressão sobre os discos intravertebrais e facilitando e favorecendo o aparecimento deste tipo de patologia.

MÁ FORMAÇÃO ESTRUTURAL:
 Neste caso já é por motivos que em muitas vezes não se tem o que fazer as não ser caso cirúrgico.

Com relação aos sinais irá depender muito de como e onde se encontra a lesão, ou seja, vai depender da altura onde esta lesão se estala, as estruturas que estão sendo afetadas pela lesão e o grau de comprometimento das estruturas ao redor da lesão.
Pra facilitar a compreensão de todos darei alguns exemplos como:

Se a lesão for em região alta de coluna (região cervical), na maioria das vezes quando sintomáticas ela pode afetar em partes ou por completo membros superiores e tronco.
Se a lesão for em região média da coluna ( torácica), no caso sintomático se tem comprometimento de estruturas mais proximas a lesão como região de abdomem e paravertebrais podendo se irradiar para membros inferioras em região mais proximal, ou seja, mais proximo ao tronco.
Se a lesão for a nivel de coluna baixa ( região lombar), quando sintomática irá gerar queixas álgicas locais e com irradiação para membros inferiores geralmente com trajeto de dor bem definido pelo individuo, podendo ser bilateral ou unilateral isso ira depender.
O que se deve ser bem claro para todos é que quanto mais estruturas forem comprimidas pela protusão discal e/ou hernia de disco maior será as queixas álgicas.
Quando há irradiação dos sinais álgicos é sinal de que há estruturas sendo pinçadas ou comprimidas pela lesão isso gera um aumento da sensibilidade da estrutura comprimida gerando alteraçoes distantes do local lesionado.
Bom uma vez compreendido tudo isso descrito acima fica facil de sabermos que a coluna é uma estrutura com um grau de complexidade alta pois há muitas outras estruturas que passam por ela. E uma destas estruturas são os nervos que fazem a conexão cerebro/corpo.
portanto quando uma protusão chega a comprimir um nervo este gera uma alteração em todas as estruturas inervadas por este nervo. Com isso, com o mau funcionamento de determinadas estruturas devido a compressão, outras estruturas, acabam tendo que desempenhar funções que normalmente não são se seu caráter primário, sobrecarregando-as e desencadeando os sintomas algicos conhecidos como crises de coluna.
Portanto devemos ser mais cautelosos com nosso corpo durante nosso dia a dia.

TRATAMENTOS,SUGESTÕES E DICAS

Com relação ao tratamento destas alterações biomecânicas da coluna vertebral temos varias rforma de se tratar sendo simplesmente com um repouso mais prolongado, um relaxante muscular/analgésicos, fisioterapia, ou ainda, em casos de falha cirurgia.
Bom a principio devemos detectar se a dor é constante, sem não em que movimentos se desencadeia a queixas álgicas, seguindo por uma análise de que em quais planos a  presença de dor.
Gostaria de lembra-los que é sempre importante que seu cliente procure um médico especialista em coluna para que se possa ter um diagnóstico mais fidedigno ao paciente e que se tenha uma visão mais ampla na hora se se elaborar qual o melhor tratamento para aquele determinado cliente.
Uma vez avaliado e diagnosticado qual a causa do problema, devemos iniciar a escolha da melhor técnica para aquele determinado paciente, hoje temos inúmeras técnicas no mercado, cada uma com suas vantagens e desvantagens mais todas muito eficazes quando utilizadas corretamente e na hora certa.
é importante relembrar de que se existe dor presente existe limitação de movimento devido a dor. nesta fase então irei dar uma sugestão ao caros leitores e que eu em particularmente uso muito em meus clientes e que venho tendo grande grau se aceitação e satisfação. Darei uma dica de tratamento para um caso de protusão discal.

Bom sendo assim, após termos detectado a causa, o local, as alterações geradas e as dificuldades vamos ao que realmente interessa usarei aqui um exemplo de um cliente que fez o treinamento por 6 meses e sofria de sérias dores nas costas (região Lombar).

Caso Clinico

Paciente M. C. D., 25 anos, Bancário (caixa), veio procurar tratamento fisioterapêutico pois estava com dor em região lombar, com dificuldades de se abaixar ou virar o corpo na posição sentada ou em pé devido a fortes dores na região lombar com uma dor que segundo descrito pelo cliente teria a sensação de que um raio atravessava a coluna do lado direito para o lado esquerdo.
Durante sua avaliação foi observado uma hipomobilidade articular de T11 a L4 com presença de dor em todos os processos espinhosos dos corpos vertebrais e com queixa de piora álgica em região mais baixa de coluna lombar. se observou também que existia uma alteração significativa de do posicionamento segundo a literatura atual de um posicionamento neutro do ilíaco com um aumento extraordinário e visível da tensão dos músculo extensores da coluna, quadrado lombar e piriforme bilateralmente, há uma diminuição da mobilidade neural durante a flexão de tronco com queixas de formigamento quando submetido a estender os joelhos com a palma da mão apoiada no chão e também há uma fraqueza abdominal incrível.

E agora o que fazer para que este cliente pare de sentir dor nas costas, bem:

Iniciei meu tratamento com o fim das queixas álgicas durante os seus movimentos com o uso de eletroterapia (TENS) com os devidos parâmetros apropriados para aquele determinado cliente, para que se tivesse um alivio mais rápido das algias, assim como, técnicas de mobilização neural e mobilização articular em todas as vértebras hipomóveis.
o tratamento seguiu com exercícios funcionais livres como agachamento no limite da ADM (Amplitude de movimento) livre sem perder a posição neutra da coluna e quadril (neste exercício e interessante pedir para que o paciente não abra nem feche muito as pernas e que se realize um leve deslocamento lateral dos pés para fora para que se possa deixar o movimento livre do contato entre a espinha ilíaca e o fêmur. se utilizava o uso de uma plataforma vibratória para que se tenha uma resposta neuromuscular mais rápida dos seguimentos afetados, técnicas de pilates para que se aprenda melhor a realizar a ativação dos estabilizadores de quadril e coluna alem de melhorar a força dos mesmos. bom apos 4 semanas mais ou menos de treinamento o paciente já se apresentava com um controle bem considerável e se acrescentou em seu treino exercícios de suspensão com o uso do TRX, e exercícios com a bola sempre se iniciando com movimentos simples que vão se tornando mais complexos conforme evolução do paciente tanto no TRX como na bola.
Após três meses com este treino se teve  uma melhora de todos os seguimentos estabilizadores e ele já havia voltado a suas atividades diárias sem queixá álgicas durante seu dia a dia.
neste período o paciente foi encaminhado ao médico responsável com sugestão de um exame de imagem RESSONÂNCIA MAGNÉTICA para sabermos como estava sua protusão discal, e felizmente, conseguimos fazer com que ela se estabilizasse após uma regressão significativa desta protusão.
Apos termos o exame e o laudo médico em mão iniciamos um trabalho de força muscular com utilização de resistência iniciando com 2 Kg com evolução de quilo a quilo até obtermos uma carga de resistência de 5 Kg e força suficiente de sustentação de todos os músculos estabilizadores do corpo durante os movimentos com carga ativa, foi também associado um treino de corrida dentro de seus trabalhos com evolução lentas intercalando caminhadas com corridas de curta duração até o paciente conseguir correr com uma velocidade de 10 KM/h por 10 minutos.
seguindo o tratamento o paciente foi encaminhado para o treino de musculação livre de dor e com um controle corporal para realizar os movimentos com carga com segurança e sem prejudicar sua coluna.
Este trabalho durou 6 meses com 3 sessões de 50 minutos por semana, e a cada 30 dias o paciente retorna a ATLETIC LIFE para uma sessão de mobilização articular para aliviar a tensão.

Portanto como podemos ver na maioria dos casos de protusão temos um desequilíbrio muscular com uma dominância de alguns grupos musculares durante determinadas tarefas do dia gerando uma inibição de outros grupos musculares que perdem força muito rápido devido a inutilização destes músculos ou a deficiência destes músculos devido a ativação desnecessária de outros durante o movimento.

Portanto o tratamento precisa sem voltado sempre para as necessidades de melhora de cada individuo em particular, respeitando o limite de desconforto do paciente, assim como, cada fase de tratamento para não termos riscos durante nosso tratamento.

Atletic Life, mudando vidas.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Problemas da "coluna vertebral"(Alterações Posturais).

     ALTERAÇÕES POSTURAIS
 
  Olá caros leitores, continuando com nosso tema, "problemas da coluna vertebral", hoje falaremos sobre escoliose, cifose e hiperlordose, mostrando os motivos dessas alterações e suas causas.
       Bom, uma vez que já conhecemos como funciona nossa coluna vertebral, fica mais fácil de falarmos sobre suas alterações, motivos e sugestões de tratamento para  cada tipo de alteração.
      Como já vimos anteriormente, nossa coluna possui algumas curvas consideradas normais  em determinados pontos com maior movimento, como podemos ver na imagem abaixo.
Fonte: http://www.podotech.com.br/podotech/imagens/geral/coluna.jpg,28/04/2013

       Essas curvaturas ganham o nome de cifose na região torácica e lordose na região cervical e lombar.
       Quando há um aumento dessas curvaturas, damos o nome de hipercifose no caso da região torácica e de hiperlordose no caso da região cervical e lombar.Também pode acontecer o contrário, onde estas curvas tenham uma diminuição de seus ângulos, recebendo assim o nome de hipocifose no caso da região cervical e torácica e hipolordose no caso da região lombar. Esses aumentos, ou diminuição das curvaturas da coluna, podem vir a ser assintomáticos (sem queixas álgicas) ou sintomáticos (presença de queixas álgicas).
No primeiro caso, o assintomático, não há uma preocupação por parte da população, mas deve-se avaliar o grau de alteração desta curvatura para se evitar a piora e início das queixas álgicas. O segundo caso, o sintomático, é onde há maior preocupação da população (início de limitações em suas atividades diárias) e onde procuram a ajuda de um profissional.
       Na maioria das vezes, estas alterações são causadas principalmente devido a uma postura irregular durante nosso dia a dia, por fraqueza muscular, ou por gestos repetitivos durante nossas atividades diárias durante longos períodos de nossas vidas.
 
      Agora explicaremos um pouco dos problemas causados por cada tipo de alteração. Iniciaremos com a hipercifose, portanto, vamos lá:

       A hipercifose é uma das alterações posturais mais encontradas na população, pois hoje em dia temos uma rotina de trabalho muito intensa e nos mantemos na mesma posição por um longo período de tempo. Para piorar, passamos a maior parte de nosso dia sentados, e pior, encostados em uma cadeira, facilitando muito o aumento dessas curvaturas torácicas.
      Uma vez aumentada esta curvatura, temos uma série de alterações articulares,musculares e ligamentares, que impedem que você possa ter uma sustentação em uma postura adequada.
Veja na imagem abaixo como seria a postura de uma pessoa com hipercifose:

(Fonte: www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/03/cifose.gif, 28/04/2013)

 

      Uma vez aumentada, a curvatura cifótica irá gerar alterações em outras estruturas, tais como:
     
       A nível articular temos alterações em sua função. Essas alterações modificam o movimento normal das estruturas ósseas, fazendo com que consequentemente isso gere uma alteração na posição anatômica das estruturas a nível de ombro, que por sua vez vem a sofrer alterações de flexibilidade ligamentar, capsular e muscular, causando um aumento da cifose. Com todas essas alterações acontecendo ao mesmo tempo entramos em um ciclo vicioso, portanto, quanto mais tempo adiarmos o início do tratamento mais complicado se tornará o caso.

       Temos também o problema que causa uma alteração na curvatura normal da região lombar dando o nome de "hiperlordose", quando ocorre este problema, temos um diminuição dos espaços dos processos espinhosos dessa região, além de aumentar a pressão na parte posterior dos discos intervertebrais, causa o  aumento do trabalho muscular dos músculos posteriores superficiais, fazendo com que eles passem a realizar funções que não são de sua obrigação para tentar suprir a ineficiência dos músculos responsáveis por esta função.

       A longo prazo, essa hiperlordose pode vir a causar problemas como: compressão de alguns nervos, espasmo muscular de alguns músculos, alterações de estruturas próximas como região do quadril e região sacral. Essas alterações vão piorando com o tempo e comprometendo outras estruturas mais distantes da região lombar principalmente em MMII (membros inferiores).
(Fonte:http://www.herniadedisco.com.br/wp-content/uploads/2008/07/lordosis-1.jpg,28/04/2013)

       Pode acontecer desses dois tipos de alterações estarem juntos em uma mesma pessoa, gerando problemas bem maiores e limitações  funcionais bem significativas.

       Há também outro tipo de alteração não muito conhecida em relação a cifose e a lordose, é quando ocorre a diminuição da curvatura normal da coluna vertebral. Deve-se ter uma atenção significativa, pois estas alterações podem vir a acarretar um aumento de pressão nos discos intervertebrais e diminuição da dispersão de energia entre diferentes estruturas durante alguns movimentos.
       Infelizmente não consegui achar nenhuma imagem que nos mostrasse bem o que seriam essas alterações, mas acho que se vocês imaginarem uma tábua bem plana, sem nenhuma curva, irão entender bem o que estou falando.
 
       Temos também a escoliose, que pode ser de duas formas: sendo uma com uma parte côncava e outra parte convexa (podendo vir a ser chamada de escoliose em "C"), considerado por alguns profissionais como menos agressiva e com um prognóstico melhor; e temos também a chamada de escoliose em "S", é quando temos duas partes côncavas de lados opostos e duas partes convexas também de partes opostas. Podemos entender melhor visualizando a imagem abaixo:
    


(Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/escoliose/imagens/escoliose-48.jpg, 28/04/2013)
    

Nesta imagem abaixo podemos entender o que seria um lado côncavo e um lada convexo, vejam:

(Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/escoliose/escoliose-10.php, 28/04/13)

       Uma vez conhecido as alterações da coluna vertebral, vamos ver o que acontece com as outras estruturas próximas quando ocorre uma alteração da coluna vertebral.
Para iniciarmos dividiremos da seguinte maneira: hipercifose, hiperlordose, hipercifose associada a hiperlordose, escoliose em C e escoliose em S.
Gostaria de alerta -los de que, as alterações irão sempre depender do grau de desvio gerado nas estruturas da coluna vertebral e que aqui mostrarei somente as principais alterações. Então vamos lá:

Hipercifose:
       Inicialmente há um aumento da rigidez vertebral podendo vir, com ou sem dor álgica. Os músculos da região anterior do tórax tendem a encurtar onde os mais comprometidos são músculos peitorais, rotadores internos de ombro, ECOM (esternocleidomastoideo) e da musculatura abdominal (reto abdominal porção proximal). Temos também alterações na função de algumas articulações como, a esterno clavicular, acrômio clavicular, escapulo umeral,  causando assim uma limitação de alguns movimentos como os de extensão de cabeça, flexão de braço acima de 90°, abdução horizontal dos braços, extensão de tronco e ritmo escapulo umeral com um aumento do espaço entre as vertebras torácicas e as escápulas.
       Há também um aumento da tensão dos músculos posteriores como trapézio fibras superiores romboides que iram tentar sempre estabilizar esta postura uma vez que os músculos estabilizadores não estão fazendo sua função corretamente. Vejam na imagem abaixo como seria a postura de uma pessoa com hipercifose:
(Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjespgVZdpy8J09-k73mSTWezs1WS6EgfVvAYcc69TSEXc-XOgmuu6kctb1zG1CycP3KFuLLT5nduhdGe6QwZ37PLZjwbA-69vo64AauCxEe2ajS-7EjdtofIK7z8SoLkcHFbeijrxr3-vv/s1600-h/000cifose2.jpg, 28/04/13)


Hiperlordose:
      Há um aumento muito grande da rigidez vertebral local normalmente associado a queixas álgicas locais; por ser uma área com um maior numero de músculos e ter músculos biarticulares, há um comprometimento maior das estruturas podendo muitas vezes causar alterações de MMII.
      Em termos de coluna vertebral temos praticamente os mesmos sintomas da hipercifose. Com relação ao comprometimento muscular, temos portanto, uma alteração muito grande dos músculos estabilizadores de quadril uma vez que grande parte destes músculos são biarticulares, com isso temos uma alteração das funções musculares fazendo que músculos que não tem a função de estabilizar passem a fazer este trabalho se tornando mais ineficazes quando precisam realizar suas funções primarias.
Os principais músculos acometidos com esta alteração postural vem a ser os piriformes e os quadrados lombares, que tem uma ativação quase constante para tentar estabilizar esta articulação aumentando a tensão local e gerando queixas álgicas devido ao espasmo muscular que estes músculos passam a ter. Pode haver comprometimento de alguns músculos de MMII que também são biarticulares como o reto femoral e os adutores de quadril. Vejam na imagem abaixo como ficaria a postura de um individuo com hiperlordose:

 
( Fonte: blogdodalmo.wordpress.com/2010/07/11/avaliacao-postural-no-pilates/, 28/04/13)
      

 Também temos um problema que é a presença de uma hipercifose e a presença de uma hiperlordose em um mesmo individuo; neste caso as alterações serão as mesmas,  mas com um grau de deformidade bem mais grave. Portanto neste caso não vamos descrever as alterações causadas, apenas mostraremos uma imagem abaixo:
(Fonte: www.drgilberto.com/Imagens_dor_costas/hiperlordose.jpg, 28/04/13)

      Falaremos agora das escolioses que podem ser de duas forma,s em "C" ou em "S", como já vimos anteriormente.
Iniciaremos com a escoliose em "C", muitas vezes causada por alterações de força muscular entre os lados, encurtamento dos músculos unilateral devido a gestos repetitivos diariamente e ainda,  por má formação de suas estruturas, o que é mais difícil de acontecer.
Na maioria das vezes essas alterações estão limitadas ao local da escoliose sendo que, em um lado determinados músculos estão fortes e/ou fracos quando comparados com seu musculo contralateral atingindo principalmente a região torácica e região lombar ,ou ainda, podendo ter uma alteração tanto na região torácica quanto na região lombar. 
Em casos mais extremos de alteração dos graus da coluna e dependendo do local destas alterações, podemos ter uma alteração nos arcos costais e posicionamento escapular. Geralmente a musculatura do lado côncavo estará encurtada e a musculatura do lado convexo estará alongada, mas isso não  significa necessariamente que o lado encurtado está mais forte que o alongado e vice versa.
       Pode ocorrer a presença de sintomas álgicos ou não, mas, mais uma vez dependera do grau de alteração. Vejam a imagem abaixo de como seria uma escoliose em C:
( Fonte:http: http://www.google.com.br/imgres?l=pt&biw=1366&bih=644&tbm=isch&tbnid=_ehybZwuj92ddM:&imgrefurl, 28/04/13)

       Temos também a escoliose em "S", essa um pouco mais complicada uma vez que temos os dois lados do tronco comprometidos com músculos diferentes com relação a um lado e ao outro lado. Além disso, este tipo de alteração postural geralmente se apresenta com comprometimento de segmentos próximos a área da alteração como o quadril, que, quase sempre, sofre por ter músculos biarticulares. Em casos mais extremos, essas alterações podem até influenciar na pisada de um individuo. Vejam a imagem abaixo de uma escoliose em S:
( Fonte: http://www.institutocoluna.com.br/6escolioses.htm, 28/04/13)

O QUE CAUSA UMA ALTERAÇÃO POSTURAL

      Acho que agora podemos falar um pouco de mecanismos de lesão, e o que faz com que esses desvios aconteçam.
       Essas alterações podem ocorrer de duas formas, a primeira por uma alteração na estrutura óssea, que é quando há uma fundição das vertebras unificando estes segmentos, ou,  por alterações de forças musculares devido a algumas atividades realizadas por períodos longos e diários.
       Se levarmos em consideração os dias atuais, veremos que durante 24hs, passamos a maioria do tempo sentados, e o pior, de forma errada .Podemos dizer que a grande maioria da população tem ou provavelmente terá algum problema de coluna.
       A falta de atividade física regular, ou, a prática de atividade física sem acompanhamento de um profissional preparado, pode fazer com que os resultados obtidos com a pratica dessa atividade física venham a causar algum tipo de alteração em sua coluna.
       O uso inadequado de calçados para determinadas atividades ,pode vir a gerar algum tipo de alteração postural,como também o não uso de calçados pode vir a gerar problemas posturais.
       Se formos um pouco mais profundo, veremos que, a própria posição ortostática que o ser humano adquiriu, pode vir a gerar algum tipo de alteração postural.
       E poderíamos ficar aqui descrevendo varias outras coisas que aumentam o risco de uma alteração postural, mais acho que com esses exemplos fica bem claro que, para termos algum tipo de alteração postural basta aprendermos a andar. E  cuidado, pois ao ler este texto você pode estar contribuindo para uma alteração postural. 

COMO DIAGNOSTICAR UMA ALTERAÇÃO POSTURAL

       Sem duvidas, o mais seguro ainda é procurar um médico e realizar um exame de imagem, o raio x. O raio x é um exame simples e que nos dá uma excelente visão da coluna vertebral, pois, a partir de um exame de imagem, o médico terá um diagnostico confiável sabendo se há ou não, alguma alteração estrutural irreversível em sua coluna vertebral e lhe encaminhando para a melhor intervenção naquele momento para o tratamento do problema.
     Um fisioterapeuta tem todo conhecimento para realizar uma avaliação postura,l observar o inicio e o término de uma alteração muscular, se há comprometimento de estruturas musculares, limitações de movimento, presença de espasmo muscular em determinados músculos, avaliação da mobilidade articular vertebral e de segmentos comprometidos, podendo ter um diagnostico confiável e encaminhando para um médico relatando achados avaliativos para que se confirme as alterações posturais encontradas pelo fisioterapeuta.
       Devemos deixar bem claro que fisioterapeutas e médicos devem trabalhar sempre em equipe para favorecer sempre o paciente e seu tratamento.

DICAS DE TRATAMENTO

       Temos no mercado várias técnicas com comprovação cientifica que são muito eficazes no tratamento das alterações posturais, podemos citar algumas como por exemplo:

       O pilates: É uma técnica nova, desenvolvida por Joseph Pilates, que tem como principio o trabalho dos músculos estabilizadores da coluna vertebral e assoalho pélvico. Atualmente vem se mostrando muito eficaz para estas finalidades. Aconselho sempre a trabalhar com fisioterapeutas com conhecimento em reabilitação da coluna vertebral.
    
       O RPG :É uma técnica que usa determinadas posições que estabilizam a cintura escapular, coluna vertebral e assoalho pélvico. Na minha opinião, um pouco monótono, pois, exige muito tempo em uma mesma posição.

       O Isostretching: É a junção de duas outras técnicas, as técnicas do método Mac Kenzié, e método Willians, que trabalham força, equilíbrio e estabilização segmentar. Muito eficiente, tanto para prevenção, quanto para tratamento.

       Técnicas de mobilização neural, que trabalham o sistema nervoso periférico, fazendo com que aja uma melhora nessa movimentação dos nervos nos segmentos ,tem excelentes resultados nas melhoras álgicas das alterações posturais.

       Foram citados aqui os que já tive o prazer de conhecer, existem muitas outras técnicas onde se tem ótimos resultados com relação a alteração postural, cabe a cada profissional escolher sempre a melhor técnica para cada indivíduo em particular.
       Como na maioria das alterações posturais, o principal problema esta relacionado com as alterações de forças musculares, temos sempre que saber como este paciente chegara para você, mas não se pode esquecer que, em todo tratamento, deve se realizar mobilização articular, estabilização articular, fortalecimento muscular bilateralmente com evolução de carga progressiva, alongamentos bilateralmente e o mais importante, se deve trabalhar muito a consciência corporal para que este paciente não volte a ter uma alteração postural.
       Assim, o mais importante, não é e nunca será a técnica aplicada pelo profissional, mas sim o conhecimento que este profissional tem com relação a anatomia, biomecânica, cinesioterapia; para que ,independente das técnicas aplicadas pelo profissional escolhido, ele tenha que conhecer muito bem este sistema complexo e muito individual, para que possa sempre trabalhar na causa do problema e não apenas tratar os sintomas.
     

       Bom, agora já temos uma noção do porque as alterações posturais acontecem, e como podemos trata-las. Obrigado e até nosso próximo tema que será " ERNIA DE DISCO".

ATLETIC LIFE FISIOTERAPIA INTEGRADA

      

  

terça-feira, 23 de abril de 2013

Problemas da ¨Coluna Vertebral¨

       Olá amigos leitores!
 
Hoje falaremos sobre um problema que atinge grande parte da população que são os problemas de coluna, mas antes de começarmos temos que conhecer os componentes e como nossa coluna funciona, portanto agora teremos uma rápida aula de anatomia para ficar mais claro o porque dos problemas na coluna vertebral, vamos lá:
       A coluna vertebral é composta por 7 vertebras cervicais,12 vertebras torácicas, 5 vertebras lombares, 5 vertebras sacrais e o cóccix.
      

(Imagem da internet )
 
 
       Cada vertebra pode ter formas e tamanhos diferentes dependendo da região pertencente da coluna vertebral. Elas são formadas por um corpo vertebral, dois processos transversos, um processo espinhoso e 2 pedículos que unem o corpo vertebral aos processos transversos e a lamina que liga os processos transversos no processo espinhoso para formar o forame vertebral.
       Entre cada vertebra, iniciando entre C1-C2 e terminando em L5-S1, temos os chamados discos intervertebrais que são formados por um disco cartilaginoso, um anel fibroso e um núcleo pulposo.
       Temos também a região sacral onde não se tem a presença dos discos intervertebrais, devido a fusão de suas vertebras, e o cóccix  que é formado pela fusão das 4 vertebras.
 
         
                                                                                                   (Imagens da Internet)   

       No forame vertebral passa a medula espinal ou medula espinhal, que é um prolongamento do encéfalo se iniciando na junção do crânio com a 1ª vertebra cervical até a 1ª e 2ª vertebra lombar.
       Ela é responsável pelo transporte e distribuição dos impulsos nervosos para todo corpo, e no final deste segmento está a calda equina que recebe este nome pelo grande número de ramificações nervosas  locais, lembrando muito uma calda de um equino.


( Imagem da internet)
 
        Para sustentarmos toda esta estrutura é necessário alguns ligamentos como:
Ligamento longitudinal anterior (que fica na parte anterior do corpo da vertebra) e Ligamento longitudinal posterior (que fica na parte posterior do corpo da vertebra), ligamento supra espinhoso (que fica sobre os processos espinhosos), ligamento longitudinal interespinhoso (que fica entre os processos espinhosos) e o ligamento amarelo (que fica entre a dura mater e o periósteo).


(Imagem da internet)
 
     Para movimentarmos todas estas estruturas são necessários músculos,  sejam eles músculos estabilizadores (responsáveis pela sustentação do formato da coluna vertebral), que formam a camada muscular profunda, e os músculos motores (responsáveis por movimentar a coluna vertebral), que formam a camada intermediária e a camada superficial.
       Os principais músculos estabilizadores da coluna são:
Os mutifidos, que, segundo Palatanga et al(2000), encontram-se abaixo do semiespinhal e do eretor da espinha, na goteira entre os processos espinhosos e transverso das vertebras em todos os níveis. Sua função é produzir rotação bem como extensão e flexão da coluna em todos os níveis, possuindo assim um importante papel de estabilizadores. 
 
(Imagem da internet)

 
       Segundo Palatanga et al (2000), os interespinhais são músculos curtos, mais desenvolvidos na região lombar e cervical, onde consistem os feixes de fibras  musculares em cada lado do ligamento interespinhoso. Possui como ação a extensão da coluna cervical e lombar, tendo também o papel relevante de estabilização da coluna vertebral durante o movimento.
      Veja uma imagem dos músculos da camada intermediaria da coluna vertebral, que é uma camada intermediaria, tendo tanto função estabilizadora como motora na coluna vertebral.  
      
(Imagem da internet)


       Temos também a camada muscular superficial que é responsável pelo movimento da coluna vertebral. Veja imagens dos músculos superficiais: 
 
                 Vista posterior dos músculos motores superficiais da coluna.
                                             (Imagem da internet)
 
 

                       Vista anterior dos músculos motores da coluna vertebral
                                                (Imagem da internet)
 
Bom caros leitores, agora que temos uma noção básica de como nossa coluna funciona, podemos começar a falar de problemas posturais, suas causas, patologias mais comuns, observando sinais, sugestões de tratamento e condutas fisioterapêuticas para cada caso em especifico.
      Mais isso é assunto para outra postagem, e não se esqueçam, a ATLETIC LIFE Fisioterapia Integrada, tem como objetivo melhorar seu conhecimento, para que você não sofra no futuro.
Obrigado e até o próximo assunto que será ¨ESCOLIOSES, CIFOSES, HIPERLORDOSES.
      
 
      
      ATLETIC LIFE FISIOTERAPIA INTEGRADA

       

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

DICAS PARA AVALIAÇÃO FISICA



       Olá caros leitores vamos falar hoje de como, por que, e como deve ser feita uma avaliação física. A avaliação física nada mais é que uma coleta de dados realizada pelos profissionais da área da saúde para que se possa ter uma suspeita do que está acontecendo com um individuo, iniciar um tratamento ou até mesmo um treino especifico para cada individuo. Com uma avaliação física bem feita podemos analisar casos isolados e determinar o melhor tratamento ou treinamento para cada individuo.
       Bom mais não basta somente uma boa avaliação física se não soubermos ler os dados registrados nesta avaliação, por tanto temos que saber como realizar uma avaliação e como interpretar uma avaliação.
       É bom lembrarmos de que uma avaliação nunca será igual à outra, pois cada profissional possui um método ou uma forma única de se realizar uma avaliação física. Porem o objetivo deve ser sempre o mesmo, não importando o método de avaliação utilizado.
       Agora que já vimos à importância de uma avaliação física iremos explicar parte por parte de uma avaliação física.


TIPOS DE AVALIAÇÃO:


As avaliações podem ser de varias formas, isso vai depender da área realizadora desta avaliação, darei em seguida alguns exemplos de avaliações em algumas áreas isoladas.
       Vamos começar com uma área muito famosa hoje em dia, mais pouco valorizada, que é a avaliação realizada em academias de musculação. Neste caso a avaliação tem como objetivo principal detectar alterações de função muscular, força muscular, flexibilidade, postura, instabilidade articular, calcular o percentual de massa muscular, gordura corporal, capacidade anaeróbica, risco coronariano entre outras.
       Primeiramente se utiliza os dados pessoais do cliente, logo em seguida colhemos os sinais vitais (pressão arterial, temperatura freqüência cardíaca e freqüência respiratória) do individuo, seguindo de uma anaminese que nada mais é uma coleta de dados onde o cliente conta uma prévia historia do por que ele decidiu iniciar uma atividade física ou algum acontecimento (caso de lesão) recente, dai você já pode começar a pensar em quais partes de sua avaliação deve ter uma atenção maior alem de já ir traçando hipóteses de possíveis diagnósticos que serão descartados ou confirmados no decorrer da avaliação. Em seguida se realiza uma sequência de testes como flexibilidade que irá nos mostrar se há uma limitação de movimento por uma hipoflexibilidade ( diminuição do grau de movimento fisiológico), ou se há uma hiperflexibilidade (aumento do grau de movimento fisiológico), temos também os testes de mobilidade articular ( mais comum em avaliações clinicas), para ver se há uma limitação de movimento em uma determinada articulação (hipomobilidade) ou se há um excesso de movimento daquela articulação (hipermobilidade), testes de força muscular que neste caso se cria uma certa confusão com relação em como se deve avaliar a força de um músculo pois normalmente aprendemos a classificar os músculos em graus, mais só daremos grau (grau 1, 2, 3, 4,5) a força de um músculo quando o problema for causado por uma patologia sendo esta direta ou indiretamente responsável pela alteração desta força muscular, testes de estabilização seguimentar nesta muitas vezes vem associado por causa de uma frouxidão ligamentar que acaba causando uma instabilidade da articulação deixando a mesma com uma probabilidade alta de lesão,coleta perimétrica para que se possa comparar a circunferência entre os membros, assim como suas evoluções com relação ao trofismo muscular, as medidas mais utilizadas são: pescoço, ombro, tórax, busto (mulheres), bíceps, cintura, abdômen, quadril, coxa e panturrilha, há também a medida das pregas cutâneas ( PC), que servem para se avaliar o percentual de gordura de um individuo onde se utiliza um aparelho chamado de adipometro, há inúmeros protocolos divididos em números de pregas avaliadas e idades, mais as pregas mais utilizadas são: PC subescapular(seguindo a orientação dos arcos costais, dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula), PC triciptal (na distância média entre a borda súpero-lateral do acrómio e a borda inferior do olecrânio),PC Biciptal (maior circunferência aparente do ventre do bíceps ou no ponto médio localizado entre o acrómio e o olecrânio), PC axilar média (tem como ponto de referência a orientação dos espaços intercostais), PC peitoral (Ponto localizado entre a axila e o mamilo, nas mulheres este ponto deve ser o mais próximo possível da axila), PC suprailiaca(três centímetros acima da espinha ilíaca ântero-superior), PC abdominal(dois centímetros à direita da borda da cicatriz umbilical), PC coxa(ponto médio entre o trocanter e o epicôndilo femural medial, na face anterior da coxa) e PC geminal/panturrilha (maior circunferência da perna), as medidas das pregas é dada em milímetros e se deve realizar a medição no minimo três vezes cada prega, o teste ergométrico que é de extrema importância para se iniciar uma atividade física, pois a partir deste teste pode se saber se há uma alteração do ritmo cardíaco como arritimias, quando há presença de alguma alteração no teste ergométrico só devemos encaminhar o cliente para um cardiologista para um melhor diagnóstico e para você realmente saber se o cardiologista comcorda com a pratica da atividade física escolhida pelo individuo, este teste pode ser feito em uma bicicleta ergométrica ou em uma esteira os métodos podem variar de acordo com cada autor. O teste tem duração de 5 minutos e você deve estabelecer uma carga onde seu cliente consiga permanecer durante todo o teste mantendo uma velocidade constante ( a velocidade deve ser mantida entre 52 RPM a 48 RPM) deve-se aferir a pressão arterial no minuto 2 e 3, no minuto 4 se avalia a freqüência cardíaca e no minuto numero 5tira-se a carga e pede para o cliente abaixar a velocidade para 30 RPM medindo novamente sua frequência.
       Logo após o término dos testes e coleta de dados, se devem explicar para o cliente o que foi achado durante a avaliação. É obrigação do fisioterapeuta traçar e orientar o paciente para a melhor modalidade, assim como sugerir treinamentos para tentar corrigir/evitar algum tipo de alteração seja ela postural ou muscular.Gostaria de deixar bem claro que o papel do fisioterapeuta é sugerir um caminho de tratamento e não montar o treinamento pois este papel é do educador físico, que teve um conhecimento mais aprofundado durante sua vida acadêmica com relação a ficha de treinamento,assim como também é nosso dever orientar e não permitir que exercícios venham atrapalhar algo já existente.
       Já a avaliação Clinica é um tipo de avaliação que é mais especifica pois quando este individuo chegar em sua clinica provavelmente já virá com algum diagnóstico médico,que muitas vezes não ajuda muito para o tratamento fisioterápico, por isso a avaliação tem um importante papel no sucesso do seu tratamento, sendo um pouco mais focada no que está causando a disfunção, mais isso não quer dizer que se o cliente chega com dor no ombro, não avaliaremos somente o ombro mais sim todas as estruturas que podem causar alguma disfunção no ombro e assim como em qualquer outro ponto do corpo.
       Na fisioterapia a avaliação é dividida conforme a área ou a necessidade de cada individuo, veja só:

       No caso da ortopedia depende muito de alguns fatores como local, tipo de lesão, assim como o tempo que o individuo chega para começar o tratamento. Mais uma dica sempre avalie um segmento a cima e um segmento a baixo do local da queixa principal.


       No caso da neurologia o mais importante é conhecer muito bem a patologia, anatomia muscular e neural, o local da lesão,testes de sensibilidade, testes neuro-motores e outros. Pois normalmente doenças de caráter neurológicos são acompanhadas de sequelas que por muita das vezes ocorrem por alterações/lesões nas trans missões do impulso nervoso seja no caminho aferente ou eferente.


       No caso da geriatria o mais importante é melhorar o maximo possível a qualidade de vida deste individuo, pois na maioria das vezes o trabalho do fisioterapeuta é retardar e/ou evitar a evolução da doença.


       Bom como já foi observado conforme a área de atuação do fisioterapeuta existe uma avaliação com prioridades diferentes, portanto não importa quais métodos ou conhecimentos serão usados em uma avaliação desde que você saiba o que está fazendo, nada como uma excelente avaliação para se montar um excelente tratamento e conseguir alcançar os objetivos propostos.


       Lembre-se não esconda nada durante uma avaliação, pois isso poderá trazer problemas durante sua atividade física, tire suas duvidas durante sua avaliação e lembre se seu profissional não sabe o que está fazendo cuidado você pode estar sendo enganado.





Fisioterapeuta: Dr. Fagner Romaneli Silveira, Belo Horizonte- MG